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terça-feira, 12 de julho de 2016

A CORRIDA PELA ESCOLARIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL



A educação infantil é uma etapa da educação básica sim! Isso foi uma conquista fundamental na história da educação infantil. Contudo, à medida que se reconheceu legalmente essa condição da educação infantil e que, portanto se passou a pensar e discutir sobre temas como: currículo, avaliação e qualidade na educação infantil, também se percebeu uma corrida pela escolarização cada vez mais cedo. 


Essa ansiedade para que as crianças se alfabetizem cada vez mais cedo é um equívoco e um retrocesso. Na ânsia de produzir "aprendedores" na idade certa se perde oportunidades: de formar crianças saudáveis e alegres; de se promover condições para o pleno desenvolvimento global das crianças; de formar leitores assíduos, que vejam nos livros a oportunidade de sonhar, fantasiar e viajar na imaginação; de favorecer um contexto apropriado à brincadeira, exploração, experimentação, descobertas e, naturalmente, à aprendizagem significativa para a criança.


A atividade fundamental da criança ainda é brincar. Isso não muda conforme os interesses políticos, econômicos e sociais. Portanto, garantir que as crianças tenham garantido o seu direito de brincar é função fundamental da educação infantil. No texto abaixo, extraído do blog Avaliação educacional traz uma discussão importante sobre essa temática.


Rosalina Moraes






ARTIGO

Educação infantil: adoecendo com a “idade certa”

Há uma febre para que as nossas crianças “aprendam na idade certa”. A “idade certa” é definida como aquela que os organizadores de currículos, reformadores empresariais e alguns pais fixam, à revelia da evidência científica disponível, e que arbitrariamente determina um tempo fixo para “assegurar os direitos de aprendizagem” das crianças.
Isso induz a antecipação da escolarização nas escolas infantis e, pior, coloca como critério de êxito a idade e não o desenvolvimento particular de cada criança. Sob pressão da meritocracia, os professores são estimulados a “puxar” as crianças segundo patamares uniformes, construídos sem base empírica consistente, em muitos casos expressos em materiais apostilados de ritmo único. Um verdadeiro massacre.
Um livro recentemente publicado nos Estados Unidos vem contrariar esta tendência e confirmar as preocupações dos professores da educação infantil com relação a estas pressões sobre as crianças e é contundente em mostrar que acelerar a educação das crianças em idades precoces pode ser problemático.
O novo livro é escrito por Stephen Camarata (The Intuitive Parent: Why the Best Thing for Your Child Is You) e acaba de ser publicado. Examina a pesquisa na área e afirma que acelerar o desenvolvimento das crianças precocemente é contraproducente podendo produzir transtornos de déficit de atenção.
Para o autor:
“Dada a mania de empurrar as crianças para aprender mais e mais conceitos complexos e em idades mais precoces, você pensaria que certamente deve haver uma vasta literatura científica que apoie estes esforços. Não só não existem tais dados, mas um conjunto emergente de pesquisas indica que as tentativas de acelerar o desenvolvimento intelectual são, na verdade, contraproducentes.”
O autor ainda acha que existem duas dificuldades principais que os pais devem considerar na educação moderna: 1) um currículo cada vez mais irracional, acelerado, com pressões para que as crianças aprendam e pais pragmáticos que querem ensiná-las muito antes de que suas mentes em desenvolvimento estejam prontas; e 2) um processo do tipo “uma mesma medida para todos”, como uma linha de montagem, com base no nível de idade, em vez de considerar o nível de desenvolvimento. Um claro alerta para os adeptos da “aprendizagem na idade certa“.
Nada de novo para os professores que trabalham na educação infantil. Mas algo não levado em conta por pais ansiosos de criar super-cérebros e por reformadores empresariais que apostam na corrida para o topo como forma de aumentar a qualidade da educação.
O Estadão também veicula matéria que destaca a necessidade das crianças terem tempo livre para brincar. Embora a matéria não faça uma crítica à antecipação da escolarização, os depoimentos apresentados caminham nesta direção. Os educadores consultados alertam:
“Nas escolas, predomina a ideia do ensino centrado no professor e as brincadeiras livres costumam ser vistas como lazer, ignorando seu valor na promoção de importantes aprendizagens, ainda que fora do menu pedagógico.”
“Principalmente em relação às crianças de 5 anos, os pais ficam muito ansiosos de que eles estejam lendo e escrevendo. Precisamos de reuniões extras para que eles diminuam essa ansiedade”, explica Liliane. “Quando elas brincam, aprendem a resolver os problemas. E essa é a meta da vida.”

Fonte: https://avaliacaoeducacional.com/2015/08/18/educacao-infantil-adoecendo-com-a-idade-certa/ 

terça-feira, 7 de junho de 2016

CONGRESSO COM FOCO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Oportunidade para se Atualizar




 1º Congresso Internacional de Educação Infantil da Unicamp &  1º Congresso de Creches Universitárias da América Latina e Caribe (UDUAL).

https://www.fe.unicamp.br/coneinf2016/pt-br
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Uma criança saudável é espontânea, barulhenta, inquieta, emotiva e colorida!

Uma criança saudável é espontânea, barulhenta, inquieta, emotiva e colorida!: Uma criança não nasce para ficar quieta, para não tocar nas coisas, ser paciente ou entreter-se. Uma criança não nasce para ficar sentada a ver TV ou a jogar no tablet. Uma criança não quer ficar quieta o tempo todo.
EXPERIÊNCIAS DA SEMANA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Na Semana Nacional do Meio Ambiente uma boa dica é utilizar materiais passíveis de serem reciclados, reaproveitados reutilizados em experiências que possam ser divertidas, significativas e conscientizadoras para o cuidado que se deve ter com o meio ambiente.

Na turma do Infantil II - B do CEI Helenilce Martins, iniciamos a semana com brincadeira que eles amam e que faz parte do contexto de toda periferia, soltar pipa. 

Iniciamos a manhã conversando sobre o passeio à praia feito semana passada e falando sobre a poluição do meio ambiente, questionando o que fizeram com  o lixo na praia (copos descartáveis, embalagens etc.) e explicando a necessidade de cuidar do ambiente. 

A PIPA

 Na roda de história fizemos a leitura e escuta da poesia: "A PIPA" de Fátima Reis disponível em: http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/pinf/pinf0102.php

A PIPA
A pipa voa sem asas.
Livre, corta o céu.
A pipa dança no azul.
A pipa é dona do azul
A pipa é festeira. É atrevida.
É abusada a debicar.
Ela enfeita a imensidão
Com cores e rabiolas.
A pipa voa tão alto... tão alto....
A pipa é biruta.
A pipa é batuta.
Faz troça com o vento, faz firula...
A pipa é o sonho do menino.
As pipas são as asas do menino.
Ah! Como a pipa é bonita!
                                             Fatima Reis  

Na sequência didática as crianças utilizaram tinta guache para pintar, com as mãos, uma pipa (individualmente), em seguida pintaram o céu azul (coletivamente).




No período da tarde confeccionamos pipas de panfletos recolhidos no supermercado. As crianças puderam brincar na sala e mais tarde no parque. 




Além dos conhecimentos sobre o meio ambiente puderam desenvolver a motricidade em movimentos amplos, explorar e investigar fenômenos naturais ao questionarem por que a pipa voa? cores, pintura etc. Experiência muito ricas para a educação infantil e que podem também ser adaptadas para o ensino fundamental.

Rosalina Moraes